sexta-feira, 3 de maio de 2013

NÃO FUI EU?...


NÃO FUI EU?...
Por Por Jean Tinder
Editora do Shaumbra Magazine,
Professora do Círculo Carmesim


Durante o Shoud de outubro, Adamus fez um chamado à liberdade e, no final de sua mensagem, ele deu uma dica que o segredo da liberdade verdadeira é o perdão.

Isto, claro, iniciou uma cascata de discussões entre os Shaumbra, na caixa de mensagens, Facebook e em todos os outros lugares. “Eles não disseram que não há pecado? O que há para perdoar se nós não podemos, na verdade, fazer nada errado? Não se trata de apenas experiência?” E assim por diante.

Então, retornando ao tópico em novembro, Adamus deu a sua própria definição de perdão que levantou algumas sobrancelhas. É ser capaz de olhar para as suas proezas do passado e dizer: “Aquele não era eu.”

Isso atingiu um nervo e a pergunta foi feita:
“Mas e a responsabilidade?”
Bem, o que tem ela?
“Nós não deveríamos ser responsáveis pelas nossas ações?”

"Assim, ele perguntou, é realmente responsável ficar carregando uma mochila cheia de ontem?”

Isto começou a me fazer entender que “Não fui eu” é na verdade um passo brilhante para a liberdade, se a escolhermos.

Em primeiro lugar, há o nível óbvio – lidar com os problemas que muitos de nós ainda têm e que começaram em outras vidas. Quem entre nós não sentiu o medo de falar? Ou sentiu que não estão prontos para os nossos seres autênticos serem ouvidos e vistos?

Mantendo-se quietos pode parecer como ficar seguros, mas também é o limite autoimposto na nossa liberdade. Talvez um lembrete que “não fui eu” quem sofreu na última vez que eu falei me ajudará a achar a minha voz.

E aqueles que impuseram a censura nessa expressão da minha alma?
 Eu consigo perdoá-los?

Mesmo se o manto do “poder” for bem usado o suficiente por alguém para provocar aquele antigo medo e até me segurar, eu ainda possa dar passos em direção à liberdade, declarando que “Não foi você que prejudicou aquele que não é eu.”

Na verdade é uma escolha que oferece a todos a liberdade para estar completamente neste momento, para fazer suas escolhas baseadas no aqui, agora e na soberania, em vez de temer tanto o futuro quanto o passado.

Agora traga-a apenas um pouquinho mais perto, nesta vida. Talvez houvesse algo que eu fiz dois anos atrás que machucou alguém ou me humilhou e ainda me assombra. Usando a versão padrão do perdão, eu posso “me perdoar”, mas ainda sentir um débito para ser pago, uma lição para aprender, um erro ainda esperando ser consertado. Afinal, eu não deveria ter a responsabilidade pelo que “eu” fiz?

Mas vejam, não fui eu.
E é onde a chave da liberdade está.

Enquanto eu me sentir “responsável” pelas ações e infortúnios do passado, estou seguramente atado a ela e por ela. Como uma conta bancária que não pode ser fechada até que o saldo seja zerado, eu constantemente tentarei somar ou subtrair o “carma” (culpa, remorso, vingança, fome de integridade) até que ele esteja equilibrado.

Mas ele vai também ficar como um sonho impossível porque a percepção do “equilíbrio” depende de quem está tendo a percepção. Vocês já ouviram a vítima de um crime dizer: “Agora, porque o perpetrador finalmente serviu o seu tempo, eu estou livre para amar e confiar novamente?

Quando um foguete é lançado, o que é lançado de volta como “troca de valores” para o conflito?
Não é o “pagamento” por uma coisa errada que vai libertar a pessoa, porque isso não é perdão.

(O que, a propósito, é o porquê o Cristianismo nunca fez sentido para mim. Se o débito de um pecado exige pagamento, seja por mim ou outra pessoa, ele nunca foi na verdade perdoado, não?)

O que verdadeiramente me liberta é finalmente saber: “Que não fui eu e não foi você.”

Imagine-se como um aviador, um piloto de avião de combate que foi designado para uma aeronave de carreira no mar sem fim. Você treinou muitos anos para se tornar um aviador e finalmente está pronto, ansioso por aquela tão esperada liberdade.

Mas até mesmo nas preparações finais para a decolagem, o seu avião ainda está amarrado ao deck. É por segurança, claro, pois você não quer que ele seja levado para o mar quando as coisas ficarem complicadas. Você precisa manter a posição todo o tempo e estes elos têm sido muito importantes. Mas agora chegou a hora de deixar ir.

Seus motores ligados e o seu avião começa a esticar os elos que, até agora, o tinham mantido seguro. De frente para o vento, o azul do céu o chama. Agora é hora de deixar ir o passado, se libertar de cada referência a como as coisas costumavam ser, porque lá em cima as regras são diferentes.

A liberdade que soletraria o seu fim no deck torna-se a sua única escolha uma vez que você vá além dos limites da segurança que conhece. É hora de gritar: “Não fui eu!” e soltar os nós que o mantiveram atado aos limites do passado.

Não importa quanto tentamos manter as nossas vidas seguras, a hora sempre chegará quando as regras devem mudar. O jato que estava atado seguramente ao deck de lançamento do passado apenas não é você. O verdadeiro você é um piloto da nova energia, da nova consciência e da liberdade. 

Se agarrar à culpa, à dor ou “responsabilidade” do passado não vai deixá-lo decolar. E, não importa o quanto você gosta ou odeie a tripulação, não importa qual negócio não terminado que haja entre vocês, você não pode levá-los consigo. Este voo é só para você – livre, ilimitado e, finalmente, livre. Ao se libertar e decolar, você prova que isto pode ser feito por aqueles que seguem.

Caros Shaumbra, chegou a hora.

Os seus jatos estão abastecidos e prontos, vocês treinaram e se prepararam, a tripulação do solo se afastou, a bandeira está sendo abaixada. Todos aqueles argumentos, lutas, brigas e erros no seu caminho para a cabine – não era você. VOCÊS estão aqui – com os óculos, a proteção abaixada, os motores funcionando – prontos para voarem.

A tripulação do solo – aqueles que vocês feriram e que os feriram – não quer que vocês desistam agora. Eles estavam lá para os empurrarem para frente e ajudar vocês a voarem, para verem vocês provarem que pode ser feito. Não há tempo agora a perder com arrependimentos antigos.

A coisa mais incrível que acontece quando “não é você.”

O futuro não é mais uma extensão do passado, porque amanhã no céu não vai parecer em nada com o ontem no deck.

Nós vamos da mesma coisa antiga para algo novo, do linear para o quântico. 
E é para isto que nós nos alistamos.


Tradução: Léa Amaral lea_mga2007@yahoo.com.br
Fonte: http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/news/sn1212II.html

LUZ!
STELA



2 comentários:

  1. Engraçado ler essa mensagem, porque eu sempre tive essa visão de "não era eu" quando olhava para meu passado.
    O que Adamus disse sobre isso eu já penso faz um tempo. É muito legal quando vejo minhas perspectivas em similaridade com o que leio dos mestres um tempo depois. É quase como uma confirmação de que estou no caminho certo, por assim dizer.

    Apesar disso, o perdão realmente traz muitos benefícios. Não para o Eu aqui e agora que sabe que tudo foi apenas experiências da nossa alma, mas sim, para a nossa criança interior ferida que precisa ser curada. Perdoar e ser perdoada.Com ela nós sempre vamos ter que exercer a compaixão, mesmo que na razão tenhamos entendido o como e o porquê das cosias terem sido como foram.

    Um abraço e muita luz!

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  2. Oi Nyna!!

    É ótimo quando temos a confirmação do que sentimos e compreendemos internamente, não é?

    Eu tambem adoro isso! rsrs

    Concordo com vc com relação ao perdão, à criança interna, etc...

    Por isso, quando "a coisa pega", eu faço o Hoponopono... ;o)

    Beijosssssss de Luz!

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