sábado, 30 de junho de 2012

ECKHART TOLLE - A LIBERTAÇÃO DO CORPO DE DOR


A LIBERTAÇÃO DO CORPO DE DOR
Por Eckhart Tolle



Uma pergunta que as pessoas costumam fazer é:
"De quanto tempo precisamos para nos libertar do corpo de dor?".

Evidentemente, isso depende tanto da densidade do corpo de dor quanto do grau, ou da intensidade, da presença manifestada em cada um de nós.

No entanto, não é o corpo de dor, e sim a identificação com ele que causa o sofrimento que infligimos a nós mesmos e aos outros. É essa identificação que nos leva a reviver o passado vezes sem conta e nos mantém no estado de inconsciência.

Assim, uma pergunta mais importante a se fazer seria esta:
"De quanto tempo necessitamos para nos libertar da identificação com o corpo de dor?"

A resposta a esta pergunta é: não demora tempo nenhum.

Sempre que o corpo de dor estiver em atividade, temos que estar cientes de que o que estamos sentindo é o corpo de dor em nós. Esse conhecimento é tudo de que precisamos para interromper a identificação com ele. E, quando essa identificação cessa, a transmutação tem inicio
.

O conhecimento impede que as emoções antigas surjam na nossa cabeça e controlem não só o diálogo interior como tambem nossas ações e interações com as pessoas. Assim, o corpo de dor não conseguirá mais nos usar e se renovar por nosso intermédio.

As antigas emoções podem ainda viver em nós por algum tempo e aparecer de vez em quando. Talvez tambem nos enganem ocasionalmente, fazendo com que nos identifiquemos com elas de novo e, desse modo, obscureçam o conhecimento, porém não por muito tempo.

Não projetarmos as antigas emoções nas situações significa que devemos encará-las diretamente dentro de nós. Pode não ser agradável, mas isso não chega a nos matar. Nossa presença (*) é mais do que capaz de conte-las. As emoções NÃO são quem nós SOMOS.

(*) Nota Stela - "estar presente": estar no agora, consciente, centrado, focado, ser o observador.

Portanto, quando sentir o corpo de dor, não comece o equivoco de pensar que existe algo errado com você. O ego adora quando você faz de si mesmo um problema.

O conhecimento precisa ser seguido pela aceitação.
Qualquer outra coisa, irá obscurecê-lo novamente.

Aceitação significa que você se permite sentir qualquer coisa naquele momento. Isso é parte da essência do Agora. Você não pode discutir com o que é. Bem, você pode. No entanto, se fizer isso, sofrerá.

Por meio da aceitação, você se torna o que você é: vasto, pleno de espaço. Transforma-se no todo. Não é mais um fragmento, que é como o ego vê a si mesmo. Sua natureza verdadeira emerge, e ela está unificada com a natureza de Deus.

Jesus indica isso nesta passagem: "Portanto, sede um todo. Assim como vosso Pai celeste é um todo". (Mateus 5:48)

No Novo Testamento temos, porem, "sede perfeitos", o que é um erro de tradução da palavra grega original, que significa "todo".

Ou seja, não precisamos nos tornar um todo, mas sermos o que já somos - com ou sem o corpo de dor.


Eckhart Tolle - trecho do livro "Um Novo Mundo - O Despertar de uma Nova Consciência", editora sextante, pag 161


Leia tambem o texto de Eckhart Tolle:  "O Corpo de Dor"

LUZ!
STELA

Um comentário:

  1. Maravilhoso post Stela, sobre o corpo de dor de Echhart:
    "O conhecimento impede que as emoções antigas surjam na nossa cabeça e controlem não só o diálogo interior como tambem nossas ações e interações com as pessoas. Assim, o corpo de dor não conseguirá mais nos usar e se renovar por nosso intermédio.

    As antigas emoções podem ainda viver em nós por algum tempo e aparecer de vez em quando. Talvez tambem nos enganem ocasionalmente, fazendo com que nos identifiquemos com elas de novo e, desse modo, obscureçam o conhecimento, porém não por muito tempo.

    Não projetarmos as antigas emoções nas situações significa que devemos encará-las diretamente dentro de nós. Pode não ser agradável, mas isso não chega a nos matar. Nossa presença (*) é mais do que capaz de conte-las. As emoções NÃO são quem nós SOMOS."

    Grata, beijosss
    Lena

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