quinta-feira, 7 de abril de 2011

OSHO - O NOVO HOMEM

O NOVO HOMEM
Por Osho



O velho homem está a morrer, e não há mais necessidade de o ajudar a sobreviver. O velho homem está no leito mortal: não chores por ele – ajuda-o a morrer. Isto porque somente com a morte do velho homem, o novo, pode nascer. A cessação do velho é o início do novo. Ensino um novo homem, uma nova humanidade, um novo conceito de estar no mundo.

A minha mensagem para a humanidade é um novo homem.
Menos do que isso, não.

Não algo modificado, não algo contínuo com o passado, mas totalmente descontínuo. O homem não tem vivido verdadeiramente até agora, não autenticamente; o homem tem vivido uma pseudo vida. O homem tem vivido patologicamente, o homem tem vivido doente. E não há necessidade de viver com essa patologia – podemos sair dessa prisão, porque essa prisão foi construída pelas nossas próprias mãos.

Vivemos numa prisão porque assim o decidimos – porque acreditámos que a prisão não é uma prisão, mas a nossa casa.

A minha mensagem para a humanidade é: Chega. Acordem!

Vejam o que é que o homem fez ao próprio homem. Em 3000 anos o homem andou a lutar durante 500 anos. Não podemos designar esta humanidade como sendo saudável. E só de vez em quando, um Buda floresceu.

Se num jardim, só de vez em quando uma planta dá uma flor, chamas a isso um jardim? Algo de muito básico correu mal.

Cada pessoa nasceu para ser um Buda: menos do que isso não te preencherá.
Eu declaro a tua Budidade.

Mas o que é que correu mal?
Porque é que o homem viveu durante milhares de ano num tipo de inferno?

Durante milhares de anos vivemos com o conceito de homem como um campo de batalha entre o baixo e o alto, o material e o espiritual, o prolixo e o lacónico, o bom e o mau, entre Deus e Diabo. As consequências disto limitaram severamente o potencial humano. Para destruir o homem, para destruir o seu poder, uma grande estratégia tem sido usada – que consiste em dividir o homem em dois.

O homem tem vivido na dualidade de ser materialista ou ser espiritualista. Foi-nos dito que não podemos ser ambos. Ser o corpo ou ser a alma – Foi-nos ensinado que não podemos ser ambos. Esta foi a raiz da miséria do homem.

Um homem dividido contra si próprio vai-se sentir num inferno.
O céu nasce quando o homem deixa de se dividir contra si próprio.

A separação do homem significa miséria, a integração do homem significa benção.

Até agora, a humanidade tem sido esquizofrénica – porque foi-lhe dito para reprimir, para rejeitar, para negar, muitas partes do seu ser natural. Mas ao rejeitá-las, ao negá-las, elas não são destruídas – simplesmente ficam tapadas. Ficam a funcionar a partir do inconsciente; assim ficam realmente mais perigosas.

O homem é um todo orgânico. E tudo o que Deus deu ao homem deve ser usado; nada deve ser negado. O homem pode ser uma orquestra; tudo o que é necessário, é a arte de criar harmonia dentro de si mesmo.

Mas aquilo a que chamamos religiões têm-nos ensinado caminhos para a desarmonia, para a discórdia, para o conflito. E quando estamos a lutar conosco próprios dissipamos a nossa energia. Tornamo-nos sombrios, ininteligentes, estúpidos – porque com pouca energia, ninguém consegue ser inteligente.

Quando a energia transborda há inteligência.
O transbordar da energia é o que causa o crescimento da inteligência.
E o homem tem vivido numa pobreza interior.

A minha mensagem para a humanidade é: criem um novo homem – não dividido, integro, total.

O Buda não era total, nem o grego Zorba. Ambos são metade. Eu amo Zorba, eu amo Buda. Mas quando olho profundamente para Zorba falta algo: não tem alma. Quando olho para Buda, algo falta também: não tem corpo.

Eu ensino um grande encontro: o encontro de Zorba com Buda.
Eu ensino Zorba o Buda – uma nova síntese.

O encontro do céu e da terra, o encontro do visível com o invisível, o encontro de todas as polaridades – do homem e da mulher, do dia e da noite, do Verão e do Inverno, do sexo e da beatitude. Só nesse encontro um novo homem erguer-se-á na Terra.

A divisão interna tem guiado a humanidade para um estado de suicídio. Só tem criado escravos – e os escravos não podem viver realmente, não têm nada para viver para. Vivem para os outros. São reduzidos a máquinas – cheios de habilidades, eficientes, mas uma máquina é uma máquina. E uma máquina não conhece o prazer de viver. Não consegue celebrar, só consegue sofrer.

As velhas religiões acreditavam na renúncia.
A renúncia tem sido uma maldição.

Eu trago uma benção para ti: eu ensino regozijo, não renúncia.

O mundo não deve ser renunciado, porque Deus não o renunciou – porque é que tu o fazes?

Deus É... porque é que tu não hás-de ser?


Vive-o na sua totalidade – e viver a vida totalmente trás transcendência. Então o encontro da terra e do céu é tremendamente belo; não há nada de errado. Então as polaridades desaparecem em si mesmas e os pólos opostos tornam-se complementares. – um homem que não é total. E um homem que não é total, nunca pode ser sagrado.

Mas o homem velho, não é verdadeiramente humano. É um humanóide, um O novo homem está a chegar, a cada dia. É uma minoria, é natural – mas os novos mutantes já chegaram, as novas sementes já chegaram. E o início deste século, assistirá à morte de toda a humanidade ou ao nascimento de um novo ser humano.

E tudo depende de ti. Se continuas a trepar para o velho, então o velho homem prepara-se para cometer um grande suicídio, um suicídio universal. O velho homem está pronto para morrer; o velho homem perdeu o entusiasmo de viver.

É por isso que todos os países se preparam para a guerra. A terceira guerra mundial será uma guerra total. Ninguém será vencedor, porque ninguém lhe sobreviverá. Não só o homem será destruído, mas toda a vida na terra.

Fica atento! Fica atento aos políticos – são todos suicidas.
Fica atento aos velhos condicionalismos que nos dividem como Indianos, Alemães, Japoneses ou Americanos.

O novo homem tem de ser universal. Ele transcenderá todas as barreiras da raça, religião, sexo, cor da pele. O novo homem não será nem oriental nem ocidental; o novo homem reclamará toda a terra como a sua casa. Só então poderá a humanidade sobreviver – e não só sobreviver – com a chegada do novo conceito de homem... o velho é o conceito de “qualquer/ou”: o novo será “ambos/e”.

O homem tem de viver uma vida rica interna e externamente; não há necessidade de escolher. A vida interna não é contra a vida externa; elas são parte de um ritmo. Tu não precisas de ser pobre por fora para ser rico por dentro. E não precisas de ser rico por fora e deixar de ser rico por dentro.

É assim que tem sido até agora – o Ocidente escolheu um caminho: Ser rico por fora! O Oriente escolheu outro caminho: Ser rico por dentro! Ambos estão desequilibrados. Ambos têm sofrido, ambos sofrem.

Eu ensino a riqueza total. Ser rico por fora através da ciência, e ser rico no mais profundo do coração através da religião. E é assim que te tornarás um, indivíduo, orgânico. O novo homem não é um campo de batalha, com a personalidade separada, mas uma homem unificado, único, completamente sinérgico com a vida na sua totalidade.

O novo homem incorpora uma imagem mutante mais viável de homem, uma nova forma de estar no cosmos, uma forma qualitativamente diferente de perceber e experienciar a realidade.

Por isso, por favor, não chorem a morte do velho homem. Regozijemo-nos pelo fato do velho estar a morrer, da noite estar a morrer e do amanhecer surgir no horizonte.

Estou satisfeito, totalmente satisfeito, que o homem tradicional esteja a desaparecer – que as velhas igrejas estejam a ficar em ruínas, que os velhos templos estão desertos. Estou imensamente satisfeito por a velha moralidade estar a cair direita no chão.

Esta é uma grande crise. Se aceitarmos o desafio, esta é uma oportunidade para criar o novo. Nunca estivemos tão maduros no passado. Vivemos numa das mais belas épocas – porque o velho está a desaparecer, ou já desapareceu, e um caos criou-se. E só do caos aparecem as grandes estrelas.

Temos a oportunidade de criarmos um cosmos novamente. Esta é uma oportunidade que raramente surge – muito rara. Somos uns felizardos por estarmos vivos nesta altura crítica. Usemos a oportunidade para criar o novo homem. E para criar o novo homem, tens de começar por ti.

O novo homem será um místico, um poeta, um cientista, tudo junto. Ele não olhará para a vida através de divisões podres. Ele será um místico, porque ele sentirá a Presença de Deus. Ele será um poeta, porque ele celebrará a Presença de Deus. Ele será um cientista, porque ele pesquisará a Presença de Deus, cientificamente.

Quando o homem for estas três vertentes juntas, o homem será total.
Este é o meu conceito de homem sagrado.

O velho homem era reprimido, agressivo.
O velho homem era obrigado a ser agressivo porque a repressão sempre trás agressão.

O novo homem será espontâneo, criativo.

O velho homem viveu através de ideologias.
O novo homem não viverá através de ideologias, nem através de moralidades, mas através da consciência.

O novo homem viverá através da consciência.
O novo homem será responsável – responsável por si próprio e pela existência.

O novo homem não será moral, no velho sentido; ele será imoral.
O novo homem trás um novo mundo consigo.

Agora mesmo, o novo homem está obrigado a ser uma minoria mutante – mas ele é o transportador de uma nova cultura, a semente.

Ajuda-o.
Anuncia a sua chegada: esta é a minha mensagem para ti.

O novo homem é aberto e honesto.
Ele é transparentemente real, autêntico e auto-revelado.
Ele não será hipócrita.

Ele não viverá através de objectivos: ele viverá o aqui e agora.

Ele só conhecerá um tempo: agora, e só um espaço: aqui.

E através dessa Presença ele saberá o que é Deus.

Celebremos!

O novo homem está a chegar, o velho está a ir.
O velho está na cruz, e o novo está no horizonte.

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Osho, Philoshofia Perenes Volume 2, Capítulo 2
Mensagem enviada por Priscila Pupo

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LUZ!
STELA

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A FONTE É INTERIOR


A FONTE É INTERIOR
Por Stela



Antes de mais nada, gostaria de agradecer a todos que escreveram e/ou deixaram seus comentários na mensagem "Tempo de Silêncio". Senti muito carinho e compreensão nas palavras de cada um.

Tenho aproveitado bastante as horas fora da internet para relaxar, estudar, ler, meditar e até para fazer faxinas em minha casa! rsrs

Acho que estou mesmo precisando deste tempo para recolhimento...

Mas saibam que caso cáia em minhas mãos alguma mensagem realmente importante para todos, a postarei no Blog... talvez não ocorra diariamente, isso vai depender das mensagens que chegam.

De qualquer forma, eu gostaria de compartilhar um trecho do que uma das leitoras do Blog enviou para mim, com relação à mensagem Tempo de Silêncio, pois ela tocou no ponto "X" que eu gostaria que todos compreendessem:

".... Entendo seu silêncio... Seu silêncio não interromperá sua comunicação.... há muitas sementes em seu blog. É tempo de deixar a terra descansar e as sementes germinarem.... deixe que a natureza faça seu papel agora!"
(Maria do Carmo)

É exatamente isso!

Sementes não faltam dentro do Blog... centenas de mensagens, ensinamentos e práticas para serem lidas, compreendidas, sentidas (como boas para seu caminho) e... praticadas!

TODOS, sem excessão, trazem dentro de si a Fonte de Luz, Sabedoria, Poder e Amor... e é Nela que devem procurar suas respostas, sua saúde fisica, mental, emocional e espiritual.

Hoje recebi uma mensagem do Blog Palavras de Osho, que define bem o que quero passar para vocês. Vou colocar abaixo.

Beijossss de Luz!
Stela



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As Palavras de Osho


Disseram a Osho:

"Eu gosto muito de ouvir suas palestras, mas odeio as meditações. Está tudo OK, Osho? Talvez meu caminho é o da oração."


Se você realmente aprecia minhas palestras você vai apreciar as meditações também porque elas estão interligadas. Na verdade, minhas palestras nada mais são que aperitivos — se você gostar do aperitivo e não gostar do almoço vai morrer mais cedo ou mais tarde. Você vai morrer de fome.

As palestras são apenas para prepará-lo para as meditações. Se você odeia as meditações, então você não me ouviu. Então você pode pensar que você me ouviu, mas você não ouviu. Ouvindo-me, o que mais há para fazer? Se você já me ouviu vai estar pronto para ir fundo nas meditações. E tudo o que eu estou dizendo será uma experiência real apenas quando você tiver ido para as meditações. Então isso vai se tornar a sua experiência.

Ouvindo-me, isso permanecerá algo emprestado, ouvindo-me você ficará vibrando com a possibilidade disso, ouvindo-me é como se eu estivesse falando sobre o maravilhoso Himalaia — e você me ouve e gosta disso. Mas você nunca foi ao Himalaia e tudo o que eu digo é nada comparado com a beleza do Himalaia. Como é que ela pode ser traduzida em palavras? Você terá que ir.

Se você está realmente ouvindo-me, um dia, de repente, você vai sentir: "Agora chegou a hora e eu tenho que ir para a aventura. Eu tenho que correr o risco."

Meditações são a verdadeira jornada.
Aqui eu simplesmente seduzo você para meditar.
Não é o fim, é o começo.

Ouvi contar: Um lanterninha ficou espantado ao ver um grande urso marrom sentado na primeira fila, comendo amendoim. "Ei, você!" ele gritou. "Você é um urso! O que você está fazendo aqui?" "Ora, eu gostei tanto do livro", respondeu o urso, "que pensei que iria gostar de ver o filme."

Se você realmente está me ouvindo e gostando disso, um dia você vai querer ver o filme também.

Se é verdade que você aprecia tudo o que estou dizendo, então como é possível que você odeie as meditações? Eu não sou um entretenimento. Talvez você esteja me usando como um entretenimento. Talvez ficando aqui por uma hora e meia todos os dias você esquece suas preocupações — por uma hora e meia você é transportado para outro mundo, para meu mundo.

E você vê coisas bonitas — pelo menos você as visualiza, imagina-as — e então você se vai. Então você se torna viciado nisso. Todo dia você tem que vir e me ouvir. Agora é só um intoxicante. Isso não vai ajudar.

Eu estou falando sobre comida — só a palestra sobre a comida não vai ajudar. O menu não é a comida. As palestras são apenas o menu, e você terá que fazer um pedido.


Isso aconteceu: Um playboy americano estava dando uma olhada em um dos hotéis mais luxuosos de Paris. Ele disse ao funcionário que queria o melhor quarto. Quando chegou ao quarto, ficou impressionado com o mobiliário requintado e com a decoração de bom gosto. Entretanto, viu uma série de botões coloridos na parede.

"Diga-me," ele perguntou ao mensageiro, "para que são esses botões?".

"Bem, senhor
", disse o mensageiro, "quando você pressiona o dourado, uma bela loira aparece."

"Continue", disse o playboy exaltadamente.

"Quando você aperta o vermelho, uma ruiva aparece. E quando você aperta o marrom, uma bela morena aparece."

"Vamos esquecer o quarto", disse o playboy. "Vou levar os botões."

Mas os botões vêm com o quarto; apenas levar os botões para casa não vai ajudar — porque você pode continuar apertando os botões, mas ninguém vai aparecer.


Nas memórias de Lawrence da Arábia, ele escreve que uma vez levou doze árabes para a França com ele. Essa foi a primeira vez que eles tinham saído do seu país. Houve uma grande exposição na França e Lawrence levou-os para vê-la.

Mas ele estava muito confuso. Depois que eles entraram na banheira, não queriam mais sair. Eles podiam ficar por horas no banho! Mas ele pensou: "É natural. Eles vêm de um país desértico, onde a água é muito escassa então eles estão aproveitando a banheira e a ducha".

Eles podiam ficar pulando e dançando no banheiro e não tinham o menor interesse ​​na exposição. Na hora de voltar — e eles estavam sempre com pressa para voltar ao hotel, eles diziam: "Vamos para cima". E eles corriam para o banheiro e se divertiam.

No último dia, quando todas as malas estavam prontas e colocadas nos carros e eles estavam saindo para o aeroporto, todos os árabes desapareceram de repente. Lawrence se questionou para onde eles tinham ido porque eles estavam atrasados. De repente ele se lembrou que talvez eles tivessem voltado ao banheiro. Então ele correu para cima e eles estavam todos lá, tentando tirar as torneiras.

Ele perguntou: "O que vocês estão fazendo?"

Eles disseram: "Nós pensamos que poderíamos levar essas torneiras. Vamos aproveitá-las na Arábia."

Eles achavam que a água vinha por meio delas.
Era um milagre!

Eles não sabiam que havia um encanamento e um grande mecanismo por trás disso e você não pode simplesmente levar as torneiras - elas não seriam de nenhuma utilidade.

O que estou dizendo para você é apenas como uma torneira.
Existe uma grande fonte por trás de onde tudo vem.
A menos que você vá lá, apenas me ouvir não vai ajudar.

Pode ser um alívio, um consolo, um vício, mas não vai trazer nenhuma revolução em sua vida.

Você diz: Está tudo OK, Osho?
Não está OK de jeito nenhum.
Você está desperdiçando seu tempo.

Se você parar de me ouvir e continuar com as meditações é muito melhor que parar as meditações e me ouvir.


Osho, em "Tao: The Pathless Path"
www.palavrasdeosho.com